sábado, 24 de novembro de 2007

BATTLES EM CURITIBA

domingo, 18 de novembro de 2007

Frank Zappa - One Size Fits All - 1975

Falar de Frank Zappa é sempre complicado. Pra começar, acredito que nos cursos relativos a música, deveria ser implantada uma matéria específica sobre a música do Zappa, pois qual maestro resolveu descambar para o rock?!

No total Zappa tem 57 discos lançados em vida e mais 18 lançados após sua morte(em 1993), fora os filmes e coletâneas. O álbum de nº 19 (One Size Fits All - 1975) é um dos meus favoritos, e por isso compartilharei um pouco desta obra-prima do rock.

One Size Fits All


Também conhecido pelos fãs como o "disco do sofá", é o último álbum de Frank Zappa em que figura o nome de sua banda de apoio, o "Mothers of Invention". Os discos posteriores figurariam apenas o nome do Zappa.

Na formação temos (além do Zappa, claro) Chester Thompson (bateria...atualmente tocando com o Genesis), Ruth Underwood (marimbas, vibrafones e percussão), Tom Fowler (baixo), George Duke (teclados, vocal...tocou com Stanley Clarke), o malucasso Captain Beefheart (harmônica), Nepoleon Murphy Brock (vocal, sax) e ainda contava com Johnny "Guitar" Watson em duas faixas. Johnny era uma das influências de Zappa quando este começou a tocar guitarra. Apresentado o time (só gente de peso), temos então composições pra lá de complicadas, que para os ouvidos mais desacostumados podem parecer uma loucura sem fim.

De cara abre-se com "Inca Roads", uma canção engraçada sobre as teorias malucas do livro "Eram os Deuses Astronautas?". O tempo desta música é algo fantástico, comandada pela marimba de Ruth Underwood. O solo de guitarra de Zappa é muito bonito, mesclando virtuosismo com sentimentalismo. No fim da música existem frases cantadas muito rapidamente falando de um incidente engraçado envolvendo Chester Thompson (Pra constar, no Pink Pop Festival de 1990 John Frusciante dos Red Hot Chilli Peppers, começou a cantar um pedaço da canção no intervalo de uma de suas músicas).

Na sequência, "Can't Afford No Shoes" traz um clima bem alegre que me remete a outras músicas engraçadas do Zappa. "Sofa No. 1" é uma composição instrumental, das mais belas que alguém pode ter composto na história da música. Não podemos esquecer que era o Zappa quem compunha tudo. Então pense que a "Sofa No. 1" foi inteira arquitetada por ele. Não há o que falar desta música, é ouvir e viajar!

"Po-Jama People" traz novamente um clima irreverente, com o vocal tradicional do Zappa (cantado bem próximo ao microfone em um tom bem grave) e no fim da música ele meio que canta e "tosse" (hoy, hoy, hoy)."Florentine Pogen" vem com Chester Thompson destruindo a bateria e uma interpretação muito bancana de Napoleon Murphy Brock. Segundo o próprio Frank Zappa esta é uma canção de amor. No fim da música há outra zoação com o batera Chester Thompson, quando é cantado "...chesters gorilla..." várias vezes ( No DVD "Dub Room Special" sobe alguém fantasiado de gorila no palco e fica passando um pente na cabeça de Chester Thompson).

A impagável "Evelyn, a Modified Dog" é demonstração do humor ácido de Zappa. Começa com um pianinho bem suave e o Zappa cantando com seu vocal tradicional."San Ber'dino" é um rock/blues de primeira. Temos aqui o vocal de Johnny "Guitar" Watson e a harmonica de Captain Beffheart. A música fala sobre um incidente em que Zappa ficou preso na cadeia de San Ber'dino, acusado de mexer com pornografia (na verdade Zappa em 1964 tinha um estúdio em Cucamonga e fazia gravações de bandas, mas os vizinhos ao redor não gostavam daquele monte de cabeludos que entravam e saiam daquele estudio; sendo assim armaram uma pra cima do Zappa, que acabou levando a pior e foi preso).

Depois vem "Andy" com quase todo mundo cantando. "Andy" é bem progressiva, e mistura um monte de estilos. Tem até um blues no meio dela, a cargo (denovo) de Johhny "Guitar" Watson (No Cd tributo ao Zappa lançado após sua morte, a banda brasileira "Central Scrutinizer" participou com um cover de "Andy" ao lado de inúmeras outras bandas covers do Zappa de várias partes do mundo).

Por fim temos "Sofa No. 2", que nada mais é do que a "Sofa No. 1" com um vocal pra lá de engraçado, com umas partes cantadas em inglês, outras em alemão, com modificaões no tom das vozes (mais graves), risadas no meio da música, enfim, só escutando para crer.

Por fim, é um disco pra quem quer iniciar nesse universo gigantesco que é a música de Frank Zappa. Segundo o próprio "Music is the best"!!!!!!


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

TIM FESTIVAL - CURITIBA

Eram 19:15, quando estacionei o carro próximo à Pedreira Paulo Leminski para assistir ao Tim Festival. Infelizmente não consegui chegar a tempo de ver o show do Hot Chip, e escutei indignada do lado de fora, o maior hit deles Over and over. Fazer o quê ? Perdi o primeiro show. E pensei ter perdido o segundo, depois que vi a fila que esperava pela revista. Passei por quatro catracas antes de entrar no festival, mas enfim, estava lá antes do show da Björk.

Mais ou menos 20:30, ela entrou no palco juntamente com sua banda. Como já era esperado, o show teve uma produção primorosa com direito a orquestra de sopro feminina, chuva de papeizinhos e Reactable (engenhoca eletrônica criada por uma universidade em Barcelona). Björk deixou em êxtase os seus fãs.


Mas a islandesa não foi a grande estrela da noite. Durante a preparação do palco para a entrada do Arctic Monkeys, o número de pessoas presentes aumentou consideravelmente. Ficou claro que o grande público, na maioria adolescentes, foi à Pedreira para ver os garotos ingleses e principalmente os americanos do The Killers.

O céu estava estrelado e a temperatura agradável, isso amenizou um pouco a hora de espera. Eu estava ansiosa, pois estava lá especialmente para ver o Arctic Monkeys: Alex Turner (vocal e guitarra), Jamie Cook (guitarra), Matt Helders (bateria e backing vocal) e Nick O’Malley (baixo). Os garotos, com idade média de 20 anos, entraram no palco perto das 23:00 detonando com seu rock poderoso. A galera vibrou e cantou com eles durante todo o show. Foram 16 músicas em uma hora, sem direito a bis. Na minha opinião o show poderia ter sido ainda melhor, faltou um pouco de carisma dos garotos.



Mas a grande estrela da noite ainda estava por vir e esbanjando carisma. Já tinha uma noção do que seria a apresentação do The Killers, pois vi no Youtube algumas performances do grupo ao vivo que impressionam, como no Festival Glastonbury (Inglaterra). Mas ver, ouvir e sentir ali ao vivo foi demais. A apresentação foi apoteótica do começo ao fim. Brandon Flowers (vocal e teclado) entrou no palco e hipnotizou a platéia que cantou com ele todas as músicas do show que levou o mesmo nome do segundo cd da banda, Sam’s Town.

O ápice da noite foi Mr. Brightside, música do álbum Hot Fuss. As quase 20 mil pessoas cantaram e pularam junto com o vocalista. Sem dúvida nenhuma, um show inesquecível.






segunda-feira, 5 de novembro de 2007

THE KILLERS + LOU REED